terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Carta Aberta a Sua Alteza o Príncipe Aga Khan



Perante a constatação de um brutal abate de árvores de grande porte no jardim ( classificado ) do Palacete Mendonça e o consequente silêncio das entidades públicas responsáveis, fazemos um apelo ao novo proprietário.




Your Highness Prince Aga Khan,

We are writing you with an urgent plea, taking into consideration the Foundation's legacy in regards to the rehabilitation of gardens and parks as well as the restoration of historic buildings all over the world.



We ask you to, please, stop the knocking down of hundreds of centenary trees, namely Celtis australis, in the gardens of the Foundation's future headquarters, in Lisbon. Along with the construction of a garage and a lake, these acts will certainly compromise the future of other trees in the park, such as the ensemble of dragon trees (Dracaena draco). This park is classified as of "Public Interest", according to Portuguese law, which gives the dimension of the important patrimony the Foundation has in hands.

We also call your attention to the reformation works inside the Palace Mendonça itself. This palace was conceived by one of the most important Portuguese architects of the beginning of the 20th century, Ventura Terra, and it stands for the most accomplished Art Nouveau buildings in Portugal. Any changes to its structure will compromise the coherence of the whole and examples of this architectural style do not abound in our country.

What is happening both in the park and the building does not live up to the standards the Foundation has put in other projects elsewhere and this is the more intriguing when what is at stake are its headquarters that should stand as a showcase of the Foundation's standards.

We kindly ask Your Highness for your intervention in stoping the destruction of Portuguese patrimony.
Thank you for your time and consideration.

Yours sincerely,
Plataforma em Defesa das Árvores
Fórum Cidadania Lx
Comissão de Moradores do Bairro Azul
Vizinhos das Avenidas Novas
Rui Romão (former Gardner of Palace Mendonça)
Associação de Moradores das Avenidas Novas de Lisboa


quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Arboricídio (de interesse público)



Jardins do Palacete Mendonça em  Abril de 2017



Jardins do Palacete Mendonça, Hoje

Estamos baralhados! Este palacete e o respectivo Jardim não são património de interesse público? 
(fomos impedidos de fotografar no local)

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Menos árvores, mais torres


Em Outubro de 2015, quando o Presidente da CML discutia na AML o projecto da autarquia para o eixo central (Fontes Pereira de Melo/Av. da República ), prometendo mais árvores e menos carros, mais espaço para peões e melhor qualidade de vida na cidade. As obras da polémica torre de 17 andares em Picoas já tinham arrancado, sem estarem resolvidas várias questões que deveriam preceder o início dos trabalhos.

Meses mais tarde a legalidade da obra é posta em causa, quando o deputado municipal Ricardo Robles denuncia, "a expansão da construção do edifício além dos limites legais do lote e a posterior tentativa de camuflagem da ilegalidade por parte da Câmara Municipal de Lisboa". Em causa estava a utilização, pelo promotor da obra, do espaço de passeio público da Fontes Pereira de Melo, o tal espaço público que a autarquia prometia aos Lisboetas requalificar com mais árvores e e menos carros, e que, como consequência desse "erro de cálculo",  foi privatizado para facilitar a construção do estacionamento de um edifício cujo interesse para a cidade é até hoje discutível e que certamente inviabilizará a existência das prometidas árvores nesse troço da Av Fontes Pereira de Melo.

Nas traseiras e restantes envolventes do edifício, também a coisa não foi resolvida atempadamente nem de forma clara. Num processo confuso e bastante obscuro que implica, concessões, património classificado, estacionamento subterrâneo, reformulação de arruamentos, gestão de tráfego e até de uma nova e surpreendente obra no âmbito do programa "uma praça em cada bairro", constatamos que muito do espaço público será adaptado antes às conveniências dos donos da torre do que aos interesses e qualidade de vida dos restantes cidadãos. Só assim se explica que sem que os Lisboetas tenham sido consultados, seja agora imposto pela CML  o abate (mascarado de transplante) de dezenas de árvores adultas e saudáveis existentes no local.

Mais uma vez a CML, prepotentemente, determina o abate indiscriminado e ilegal do património arbóreo da cidade em nome de uma obra, só que desta vez a obra é privada e polémica e como tal este abate, que pode ocorrer a qualquer momento porque foi solicitada licença para prescindir dos prazos legalmente estabelecidos no despacho camarário 60/P/2012, é, para além de ilegal e incoerente,  infame!


O aviso, ainda pouco fundamentado, foi apenas publicado pela Junta de Freguesia das Av. Novas(e não pela Câmara como seria expectável),  e pode ser consultado aqui, dá conta do abate de árvores na Rua Pinheiro Chagas, e na Av. 5 de outubro, mas após consulta a peças públicas do projecto, tememos que possam ser mais extensos. Já foi enviado, pela Plataforma em Defesa das Árvores, um pedido de esclarecimento ao Vereador Manuel Salgado.