O nosso rés do chão será permeável e transparente. Pensámos em elevá-lo do terreno para que a cidade possa entrar, para que o edifício se torne um local de intercâmbio e ligação ao bairro. O jardim será ao centro, terá uma enorme árvore sob a qual haverá um auditório onde terão lugar as palestras, as salas e os laboratórios, os espaços onde os alunos se encontrarão com as associações e com os habitantes da zona. A escola nasce em torno da árvore que é também metáfora da vida: no outono mudam as cores das folhas que acabarão por cair, deixando passar a luz, em cada primavera assiste-se ao rito da renovação. Com a folhagem de um plátano ou de um castanheiro que renasce e protege dos raios de sol. Os seus ramos acolherão as aves que procuram uma natureza que os proteja. Olhar para uma árvore reserva surpresas, nunca é igual ao que vimos no dia anterior.
Trecho do texto de renzo Piano “A Escola que farei”
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