Algumas árvores merecem o estatuto de Árvores Veneráveis. Tratar com desprezo ou indiferença uma Árvore Venerável é criminoso. Estas árvores são aquelas que não pertencem apenas às gerações de homens que as semeiam, plantam e cuidam, são árvores que pertencem a muitas, muitas gerações, árvores com vidas longas, algumas chegam a viver milhares de anos e isto só é possível se os homens, pelas vidas dos quais elas generosamente passam, as venerarem incondicionalmente.
Isto a propósito de notícias recentes que dão conta de um estudo que recomenda o abate de cerca de 40 dos freixos monumentais no túnel de árvores da estrada de Marvão. Não questionamos a legitimidade das conclusões do estudo, ao qual ainda não tivemos acesso mas que tudo indica ser sério e cuidadoso, nem o diagnóstico desolador que este faz às árvores, mas não aceitamos com facilidade as soluções avançadas. Os especialistas e homens da ciência têm a obrigação de, em coordenação com políticos e cidadãos, inventar soluções desassombradas para o mundo. É difícil, dizem alguns, é perigoso, dizem os cautelosos, pois interdite-se a estrada se é perigoso circular nela, invista-se o tempo, o conhecimento e o esforço, que não foi investido a cuidar convenientemente destas árvores, na procura de soluções que garantam o futuro do que resta deste venerável conjunto de árvores que é único e insubstituível em Portugal.
Houve alguém, que há mais de 100 anos, se deu ao trabalho de escolher cuidadosamente, talvez mesmo semear, esta alameda de freixos, plantou-os, cuidou deles, e partiu com a certeza de que tinha feito algo de útil para as próximas gerações. Com que direito aqueles que herdam a responsabilidade de tratar destas árvores e de as legar às gerações futuras as negligenciaram e deixaram adoecer? E como é que agora perante a decadência de grande parte delas se escolhe preservar a estrada e abater as árvores?
Isto a propósito de notícias recentes que dão conta de um estudo que recomenda o abate de cerca de 40 dos freixos monumentais no túnel de árvores da estrada de Marvão. Não questionamos a legitimidade das conclusões do estudo, ao qual ainda não tivemos acesso mas que tudo indica ser sério e cuidadoso, nem o diagnóstico desolador que este faz às árvores, mas não aceitamos com facilidade as soluções avançadas. Os especialistas e homens da ciência têm a obrigação de, em coordenação com políticos e cidadãos, inventar soluções desassombradas para o mundo. É difícil, dizem alguns, é perigoso, dizem os cautelosos, pois interdite-se a estrada se é perigoso circular nela, invista-se o tempo, o conhecimento e o esforço, que não foi investido a cuidar convenientemente destas árvores, na procura de soluções que garantam o futuro do que resta deste venerável conjunto de árvores que é único e insubstituível em Portugal.
Houve alguém, que há mais de 100 anos, se deu ao trabalho de escolher cuidadosamente, talvez mesmo semear, esta alameda de freixos, plantou-os, cuidou deles, e partiu com a certeza de que tinha feito algo de útil para as próximas gerações. Com que direito aqueles que herdam a responsabilidade de tratar destas árvores e de as legar às gerações futuras as negligenciaram e deixaram adoecer? E como é que agora perante a decadência de grande parte delas se escolhe preservar a estrada e abater as árvores?
(temos tido conhecimento de inúmeros abates relativamente recentes neste local, o problema não é de hoje: cerca de 30 árvore abatidas em 2012 , notícias de abates em 2008, abate controverso feito pela IP este ano...)
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