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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Neste Natal em Belém não há um nascimento, mas mortes...



Aproxima-se o dia 24 de Dezembro, mas em Belém não há um nascimento, mas mortes. Muitas mortes.

Belém constitui um caso paradigmático de como a reforma administrativa - com a consequente passagem da jurisdição das árvores de alinhamento e dos espaços verdes considerados não-estruturantes para as Juntas de Freguesia, tendo a CML ficado com a guarda dos espaços estruturantes - se traduziu numa pior cidade, com consequências gravíssimas para o seu coberto arbóreo e, consequentemente, para os lisboetas.

Em Belém há:

1) Árvores geridas por 4 entidades distintas: JF, CML, SRU e Porto de Lisboa (e, quem sabe, a EDP)

2) Árvores abatidas sem publicação de relatórios fitossanitários ou, atrevo-me a dizer mesmo, sem relatórios nenhuns, como é de lei;

3) Um imenso cemitério de cepos junto à Estação Fluvial;

4) Árvores jovens e já secas na Avenida da Índia;

5) Caldeiras vazias também na mesma avenida;

6) Total incúria em relação às árvores junto a estaleiros, nomeadamente na Rua do Embaixador (responsabilidade da SRU Ocidental) e no antigo BBC (agora pertencente ao grupo Sana).

Apesar da simpatia de uma funcionária em particular na JF Belém, percebe-se que muitas vezes os funcionários do poder local não sabem os direitos que assistem aos munícipes e fregueses, nomeadamente o do acesso aos relatórios fitossanitários e da publicação dos mesmos atempadamente.

Por outro lado, nas minhas "démarches" junto da CML, dou-me conta que às vezes os próprios funcionários ficam confusos sobre o que é da jurisdição da CML e o que é das JFs. Imagine-se agora como é que os munícipes não hão-de também eles ficar confundidos, sendo muitas vezes empurrados entre JFs e CML e até mesmo entre departamentos camarários?

Já é altura de se repensar a Reforma Administrativa e ponderar sobre o que resultou e o que não resultou. E claramente NÃO resultou nem para as árvores nem para os munícipes - e como tal nem para a cidade - o esquartejamento do arvoredo e dos espaços verdes entre CML e JFs.

Para quando uma atitude corajosa do Vereador do pelouro e do Presidente da CML no sentido de reverter este "estado de coisas"?

Espera-se que CML não abata este pinheiro-manso no Jardim da Torre de Belém antes de publicar o respectivo relatório fitossanitário como é de lei (CML)

Dois lodãos-bastardos abatidos sem relatórios fitossanitário (JF)

 Parque de estacionamento em frente à Estação Fluvial de Belém  (JF)

Idem

 Idem, onde há pelo menos mais de uma dezena de cepos iguais a este há vários meses (JF)

 Cepos de palmeiras no relvado em frente à Central Eléctrica, junto ao referido parque (JF ou EDP?)

Choupo jovem seco na Avenida da Índia (JF ou Porto de Lisboa?)

 Idem (JF ou Porto de Lisboa?)

 Idem (JF ou Porto de Lisboa?)

Idem (JF ou Porto de Lisboa?)

Sem palavras. Resultante de obras dentro da Central Eléctrica (EDP?)

Caldeira Vazia na Av. Índia (JF ou Porto de Lisboa?)

Sem palavras II (JF ou Porto de Lisboa?)

 Choupos dentro do perímetro de obras do antigo BBC (CML ou JF ou Porto de Lx??)

Pedaços de tronco de uma árvore abatida, vá-se lá saber exactamente onde, "arrumados" na caldeira de um choupo. As árvores não são assinaladas, mas o que resulta do seu abate sim, não se vão estragar os carrinhos (Idem?)

Rua do Embaixador onde as árvores abatidas são de alinhamento, mas foi a SRU responsável pelos abates (SRU/CML)






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