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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

As Árvores e o Plano de Drenagem





 Exmo. Senhor Presidente da CML Eng. Carlos Moedas,

Exmo. Senhor Vereador Dr. Ângelo Pereira,

 

Vimos por este meio junto de V. Exas. reclamar o abate de dezenas de árvores adultas por ocasião das obras do Plano de Drenagem, nomeadamente (e que tenhamos conhecimento por agora):

 

- Em Campolide: 42 abates;

- Na Avenida Infante D. Henrique: 6 abates;

- No Largo do Museu da Artilharia: 9 abates.

 

Neste último caso, é tanto mais grave quanto parece que os abates são executados para montar o estaleiro de obras. Até dois jacarandás, árvores ex-libris de Lisboa e que fazem parte da rota dos jacarandás da cidade, estão condenados deste forma infame. 

 

É inadmissível que se abatam árvores, não só pelo seu papel na mitigação dos efeitos da actual Crise Climática, mas neste caso em específico pelo seu importante papel de drenagem

 

Afigura-se-nos que a água da chuva devia ser aproveitada e não drenada através de túneis para o rio. Noutras cidades, como em Londres, a drenagem está a ser pensada e executada à superfície, recuperando as linhas de água. Capturar, armazenar e reusar água das chuvas é a palavra de ordem. 

 

As árvores são as grandes drenadoras, pelo que abatê-las em nome da drenagem, quando se as podia poupar, é no mínimo revoltante.

 

É inadmissível que as importantes obras que estão a ser executadas em Lisboa, e que são feitas em nome de preocupações ambientais (o Plano de Drenagem e o prolongamento da linha vermelha do Metro), impliquem o abate de árvores e/ou a sua condenação a médio e longo prazo. 

 

Nesse sentido, vimos solicitar junto de V. Exas. o número exacto de árvores saudáveis que serão abatidas em Lisboa em consequência do Plano de Drenagem.

 

Muito obrigada pela melhor atenção de V. Exas..

 

Os melhores cumprimentos,

A Plataforma em Defesa das Árvores

 

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