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quarta-feira, 24 de junho de 2015

A Olaia centenária do Jardim de Santos


"Aqui podemos encontrar (...) um grupo de olaias - Cercis siliquastrum L.- no qual uma se salienta pela sua dimensão e idade centenária."


terça-feira, 9 de junho de 2015

De um comentário no Facebook

"(...) houve um enorme retrocesso na forma de praticar arboricultura urbana em Lisboa desde que as competências transitaram para as Juntas de Freguesia. Dantes a CML fazia pouco porque não tinha meios (nunca os executivos entenderam que o tema merecesse um orçamento adequado) mas o que fazia era bem feito. Agora as JF fazem muito, e praticamente tudo mal feito. Porque, a curto prazo, é caro fazer bem, e a longo prazo a ignorância dos autarcas não os permite perceber os enormes custos, diretos e indiretos, que isto acarreta. E nas JF os técnicos (que não existem na maior parte dos casos) contam pouco para a decisão.
Se [as pessoas] se indignam todos os dias é porque todos os dias há um arboricídio para se indignarem. (...) espero que continuem a indignar-se. Pode ser que se consiga reverter a má prática generalizada."

(arquiteta paisagista que trabalha nos Espaços Verdes da CMLx)

Desarborização




"A ACB Lda. foi chamada para a consultoria paisagística da Expo '98 em 1993 preparando o Plano de Arborização que garantisse a vegetação necessária para as áreas verdes da Zona de Intervenção da EXPO98.

A estratégia apresentada foi um factor determinante para o ordenamento da Zona de Intervenção (ZI), um local onde a vegetação arbórea era inexistente e os solos profundamente contaminados.

O Plano iniciou-se pela identificação das 40.000 árvores a plantar até 1998 através de um sistema de contrato-programa, com vários viveiristas seleccionados.

Elaboraram-se módulos de plantação que permitiram a estimativa e foram experimentados novos métodos de transplante de árvores de grande porte, rega por caldeira e drenagem. "
(aqui)

Em 2015 assistimos, impávidos e serenos, à trágica desarborização da zona da Expo 98.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Os jacarandás de Lisboa




Em meados de Junho os jacarandás de Lisboa estão em flor, a sua luz fende a pupila, acaricia o dorso da sombra. É então que – sei lá se pela última vez – a inocência volta a entrar na minha vida. Olhos, mãos, alma, tudo é novo – recomeço a prodigalizar alegria, uma alegria que não procura palavras porque o seu reino não é o da expressão. Digamos que esta nova experiência, a que não quero dar nome, não se preocupa em interrogar, talvez por já não ser tempo de dúvidas, ou então por não lhe dizerem respeito essas verdades últimas, cegas como facas.

Eugénio de Andrade . "Vertentes do Olhar" (1987)