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terça-feira, 22 de novembro de 2016
A ver se nos entendemos...
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Ainda as obras no Parque Eduardo VII
Ao lado do Pavilhão Carlos Lopes, a Sul, existe um relvado onde vive há muitas décadas -e espera-se que viva ainda outras tantas- um conjunto de cedros notável e único na cidade de Lisboa. Como é que não foi respeitado o perímetro da copa destes cedros quando se instalou o estaleiro das obras em cima do relvado?
Que cidade é esta?
O projecto de reabilitação do Pavilhão Carlos Lopes em Lisboa, empreitada a cargo da empresa Ramalho Rosa Cobetar, contempla a remodelação do espaço exterior ao edifício, ou seja de parte significativa de um dos mais importantes e históricos parques públicos de Lisboa. Neste contexto será construída uma nova escadaria, em pedra, de acesso à alameda central do Parque Eduardo VII. A rigidez de traçado desta escadaria desvirtua o projecto original do parque, da autoria do Arquitecto Keil do Amaral, em que os caminhos de acesso ao pavilhão eram feitos de forma muito mais orgânica e simples com um traçado sinuoso que desta forma suprimia naturalmente o declive existente no local.
Para além disso esta escadaria está a ser aberta precisamente no local onde existem dois pinheiros mansos monumentais com muitas dezenas de anos e que em consequência das obras que estão já a decorrer mostram sinais estar irreparavelmente lesados.
Que cidade é esta em que se delega o espaço público aos interesses privados sem acautelar a sua história e o seu património? Que cidade é esta em que uma escadaria pretensiosa vale mais do que dois generosos pinheiros mansos?
domingo, 13 de novembro de 2016
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Protesto contra a destruição de um espaço arborizado no estádio universitário, para construção de um restaurante de fast food!
Digníssimo Senhor Reitor
Prof. António Manuel da Cruz Serra
De acordo com informação recebida por esta Plataforma, a Universidade de Lisboa (UL) terá celebrado contrato com determinada empresa com vista à construção de um restaurante da cadeia Burger King em pleno recinto do Estádio Universitário implicando o abate de cerca de 60 árvores.
Não querendo de forma nenhuma pôr em causa a legalidade do contrato, causa-nos imensa perplexidade e maior repúdio o facto de a Universidade de que Vossa Excelência é o magno responsável, permitir a amputação de um espaço verde numa zona dedicada
à
natureza
e à prática do desporto
ao ar livre
, como tem sido desde sempre apanágio do Estado Universitário.
Consideramos que este projecto não é de forma nenhuma defensável em pleno século XXI, não só pelo abate de arvoredo que implica como pela facilitação junto dos jovens, mais uma vez e à semelhança da abertura do restaurante McDonald’s no Campo Grande, de hábitos alimentares contra-indicados pela generalidade das boas-práticas a nível internacional.
Defendemos uma rearborizacao do espaço do Estado Universitário e
Daí perguntarmos:
nunca
uma diminuição do coberto arbóreo daquele recinto, facto que tem sido prática corrente nas últimas décadas, mas que julgávamos ter terminado. Lembramos que o Estádio Universitário é já hoje um espaço pouco ensombrado, longe do espaço verde emblemático que já foi e poderia voltar a ser.Daí perguntarmos:
Considera a UL que as contrapartidas oferecidas pelo contraente são suficientes para compensar a pegada ecológica deixada pelo abate das árvores e pela instalação do restaurante de fast-food?Não negando o direito da UL em encontrar novas e urgentes fontes de financiamento, perguntamos se foram estudadas outras alternativas de localização que não implicassem o abate do arvoredo?Considera a UL negligenciável a presença desse maciço verde no recinto do Estado Universitário?Irão as receitas assim obtidas reverter para a salvaguarda, manutenção e enriquecimento das colecções, dos três jardins botânicos de Lisboa sob tutela da UL?Não considera a UL mais legítimo esperar-se pela entrada em vigor do Plano de Urbanização em elaboração - cuja discussão e votação foi há semanas em reunião de CML, seguindo-se a consulta pública – e só então decidir sobre a nova construção?!
Finalmente, não podemos deixar de condenar de forma veemente que a UL aja de modo dispiciendo ao viabilizar a construção de uma infraestrutura com uma área de implantação de 1.350 m2 no interior de um espaço que, para além de ser dedicado à prática desportiva, é em primeira linha um espaço verde.
A UL deveria dar o exemplo de boas práticas nesta matéria e não o seu contrário.
Acreditamos que ainda há tempo e forma de se repensar este projecto, encontrando-se uma nova localização, que garanta a protecção do ambiente e por, maioria de razão, mais amiga da cidade e mais consentânea com os pressupostos e objectivos de uma Universidade de Lisboa.
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