Exmo. Senhor Presidente da CML Eng. Carlos Moedas,
Exmo. Senhor Vereador Dr. Ângelo Pereira,
Vimos por este meio junto de V. Exas. reclamar o abate de dezenas de árvores adultas por ocasião das obras do Plano de Drenagem, nomeadamente (e que tenhamos conhecimento por agora):
- Em Campolide: 42 abates;
- Na Avenida Infante D. Henrique: 6 abates;
- No Largo do Museu da Artilharia: 9 abates.
Neste último caso, é tanto mais grave quanto parece que os abates são executados para montar o estaleiro de obras. Até dois jacarandás, árvores ex-libris de Lisboa e que fazem parte da rota dos jacarandás da cidade, estão condenados deste forma infame.
É inadmissível que se abatam árvores, não só pelo seu papel na mitigação dos efeitos da actual Crise Climática, mas neste caso em específico pelo seu importante papel de drenagem.
Afigura-se-nos que a água da chuva devia ser aproveitada e não drenada através de túneis para o rio. Noutras cidades, como em Londres, a drenagem está a ser pensada e executada à superfície, recuperando as linhas de água. Capturar, armazenar e reusar água das chuvas é a palavra de ordem.
As árvores são as grandes drenadoras, pelo que abatê-las em nome da drenagem, quando se as podia poupar, é no mínimo revoltante.
É inadmissível que as importantes obras que estão a ser executadas em Lisboa, e que são feitas em nome de preocupações ambientais (o Plano de Drenagem e o prolongamento da linha vermelha do Metro), impliquem o abate de árvores e/ou a sua condenação a médio e longo prazo.
Nesse sentido, vimos solicitar junto de V. Exas. o número exacto de árvores saudáveis que serão abatidas em Lisboa em consequência do Plano de Drenagem.
Muito obrigada pela melhor atenção de V. Exas..
Os melhores cumprimentos,
A Plataforma em Defesa das Árvores
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